Cascudo - Biblioteca Virtual

Pensamentos
  • O precioso da História contemporânea é a documentação para o futuro e não o juízo decisivo e peremptório. Todos os contemporâneos, para o bem e para o mal, são testemunhas de vistas, indispensáveis e ricas de notícia. Testemunhas e não juízes ou advogados. Todos testemunhas. O futuro estudará, confrontará e dará sentença. Muita gente pensa que a História é uma velhinha amável e covarde que aceita, por preguiça e senectude, as decisões dos contemporâneos. Todos nós julgamos escrever a História quando apenas escrevemos para a História.

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    História da Cidade do Natal. Cascudo, Luís da Câmara. 1ª. Edição. Natal: Edição da Prefeitura do Município do Natal, 1947

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  • É evidente que somos bem pouco, muito pouco felizes com a espantosa aparelhagem possuída para fazer-nos conhecer a terra, céu e mar. A vida tornou-se febril e nas cidades grandes são anfiteatros onde o homem se debate, sofrendo como se fosse submetido a uma vivisseção. Os complexos tradicionais de “amigo”, “compadre”, “companheiro” sofrem restrições calamitosas e vão cedendo à maré montante dos interesses crescentes. Vivemos sob o signo da angústia. Angústia significa justamente o nosso estado de compressão, opressão mental, asfixia econômica, hostilidade ambiental.

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    Canto de Muro. Cascudo, Luís da Câmara. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1959

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  • Se da Universidade não parte a valorização humana da ciência adquirida e sua aplicação nobre e digna, então está jurando solidariedade e aliança-cúmplice com todos os elementos que anoitecem o mundo e espalham, na amplidão das cidades e dos campos, a imutabilidade do signo da Angústia, da Insatisfação, do Desalento, do Pessimismo, desfibrador e responsável por tantos males e maremotos sociais. Uma Universidade é plasmadora de Culturas em defesa ascencional da Civilização.

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    Universidade e Civilização. Cascudo, Luís da Câmara. Natal: UFRN, 1959

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  • Em 1918 apaixonei-me pela cultura popular, vivendo-a, procurando-a, amando-a.Um colega de magistério pediu minha demissão ao governador Juvenal Lamartine porque era indignidade um professor do Ateneu Norte Rio Grandense andar indagando Lobisomem e estudar Catimbó, enrolado com os mestres e os juremais miríficos.

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    Voz de Nessus. Cascudo, Luís da Câmara. João Pessoa: UFPb, 1966

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  • Indígenas e africanos recolheram no recesso das memórias uma teimosa e pequenina capela para os seus deuses depostos. Não defendiam, psicologicamente, sua Fé, mas a maneira de ser devoto às novas crenças, o caminho pessoal para a Divindade.

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    Voz de Nessus. Cascudo, Luís da Câmara. João Pessoa: UFPb, 1966

    ).
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