À moda de Câmara Cascudo

Um dos principais folcloristas brasileiros, autor do clássico História da Alimentação no Brasil, Luís da Câmara Cascudo nasceu, viveu e morreu em Natal. Era um apaixonado pelo município e, por boa parte de seus 87 anos, dividiu sua rotina entre a residência, na Cidade Alta, e os bares e restaurantes locais. “Meu pai gostava de beber e comer. Mas o principal atrativo para ele nesses lugares era a conversação”, conta Anna Maria Cascudo Barreto, de 75 anos, filha do pesquisador e, hoje, presidente do Instituto Câmara Cascudo (Avenida Câmara Cascudo, 377, Fone: 3222-3293, cascudo.org.br), que funciona na antiga casa da família. Conheça alguns endereços prediletos desse célebre natalense.

Bar Granada (Don Nemésio, pág. 108)

Inaugurado pelo espanhol Nemésio Morquecho Marina em 1954, o bar era um dos favoritos de Cascudo, que chegava para tomar conhaque ou cerveja junto de afamados tira-gostos (havia, entre eles, casquinho de caranguejo e lagosta ao vinagrete). Hoje, o lugar funciona como restaurante. Batizado de Don Nemésio, está sob o comando do filho do fundador, Pio Jesus Morquecho.

Peixada da Comadre (pág. 97)

Cascudo aparecia na casa para comer a arabaiana cozida com tomate e cebola, guarnecida de pirão. O prato permanece no cardápio (R$ 68,00 para duas pessoas), mas o endereço transferiu-se do Canto do Mangue para a Ponta do Morcego no fim dos anos 1980.

Trattoria Bella Napoli (pág. 91)

Aberta em 1975 pelo napolitano Vincenzo Giorgio, a casa inicialmente construída na Praia do Meio costumava receber Cascudo e família com uma farta macarronada. O endereço está agora no Tirol e ainda serve espaguete à bolonhesa (R$ 33,90 para dois).

FONTE: Revista VEJA NATAL Especial – Comer & Beber 2013/2014, Editora ABRIL, Ano 46 (VEJA 2350), Dezembro/2013.