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OBRAS INÉDITAS DE CÂMARA CASCUDO SÃO ENCONTRADAS NO LUDOVICUS - INSTITUTO CÂMARA CASCUDO
03 de Maio de 2023

Após 37 anos do seu “encantamento”, Câmara Cascudo continua a nos surpreender...

 

Um total de nove (09) obras escritas por ele, algumas delas reconhecidamente inéditas, foram encontradas em sua biblioteca particular. A descoberta foi feita por Woldney Ribeiro de Souza, que é restaurador de livros e responsável técnico pela manutenção e organização do acervo bibliográfico, documental e museológico do Instituto Câmara Cascudo.

 

Ao término da digitalização e acondicionamento das correspondências, em 2016, iniciou-se uma pré-seleção dos outros documentos do acervo, entre eles recortes de jornais, originais datilografados, manuscritos, anotações, materiais de pesquisas, fotografias, cadernetas de anotações, etc., com vistas a novas digitalizações.

 

 

Durante este trabalho, foram encontrados diversos fragmentos de livros que despertaram a curiosidade sobre o ineditismo dos mesmos, além de algumas obras encadernadas, ora manuscritas, ora datilografadas pelo Mestre Câmara Cascudo.

 

Com o fechamento temporária da instituição devido a pandemia, as buscas foram interrompidas e retomadas no início de 2023. A separação física deste material foi concluída em sua quase totalidade. Em algumas das obras faltam partes que não comprometem o seu conteúdo, tais como índice, apresentação, capa, etc.

 

As obras encontradas foram as seguintes:

 

  1. Caveira no campo de trigo e outros poemas inúteis

 

Em carta ao amigo Joaquim Inojosa (13/08/1926), Cascudo cita a obra e envia dois poemas, “Kakemono” e “Shimmy”, este último também remetido ao amigo Mário de Andrade (carta, 10/06/1925). Em carta posterior a Mário (09/12/1925), Cascudo comenta: “Meti o livro de versos num envelope e sepultei-o no “inferno” da biblioteca.”

 

  1. Buda é santo católico?

Cascudo comenta com Mário de Andrade sobre a obra em duas correspondências: 23/08/1925, quando envia o índice, e em 25/05/1926, quando conta ao amigo: “Já lhe disse que o Bispo de Natal pediu-me que não publique o Buda é Santo Católico? Pois é.”

 

  1. Olhando John Bull...

John Bull é uma personificação nacional do Reino da Grã-Bretanha criada pelo Dr. John Arbuthnot, em 1712. A obra é dedicada a Assis Chateaubriand, “Embaixador do Brasil na Inglaterra, cuja presença é inarredável nessas recordações.”

 

  1. No quotidiano brasileiro

Com o subtítulo “Pesquisas na Cultura Popular”, revela a presença sertaneja na obra do autor, que afirma no prefácio: “O Sertão estava em mim, como a Bretanha em Renan ou a Provença em Mistral.”

 

  1. História antiga do Ceará-Mirim

A obra tem como tema a história do município potiguar de Ceará-Mirim, no período de 1605 a 1958.

 

  1. História da literatura norte-rio-grandense

Registros da história da literatura potiguar, começando em 1832 até 1912.

 

  1. Ruas da Cidade do Natal

Obra cujos originais foram entregues pelo autor ao então prefeito Djalma Maranhão, em 30 de novembro de 1956.

 

  1. Livro de Linhagem

Obra onde o autor discorre sobre a genealogia de sua família, tanto pela linha paterna como pela materna.

 

  1. Índice dos Capitães-Mores e Governadores do Rio Grande do Norte

Capitães-Mores, Presidentes, Vice-Presidentes em exercício, Governadores, Vice-Governadores em exercício, Interventores e Governadores do Rio Grande do Norte, no período de 1598 a 1935, são o foco da obra.

 

Todo material será submetido a uma criteriosa análise, revisão e confronto com obras já publicadas de Cascudo para confirmação de ineditismo, antes de futuras publicações.

 

Fonte: Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo 

 






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